quinta-feira, 29 de julho de 2010

2+9 de julho.

A música parou, as pessoas sumiram, a luz acendeu. Um olhar permanente e profundo, um sorriso encantador e pronto: foi avassalador. Correu, mas bem devagar. Subiu olhando pra trás. Fugiu, mas não se escondeu. Era fato: queria ser vista.

Nova mensagem. Consumado.

O ar gélido, a lagoa calma, o vento nos rostos. Dois olhares. Um pensamento.
Perguntas. Respostas. Qual é a música? Bob Marley. Qual é a figura geométrica? O quadrado. Tudo se encaixava. Passou da hora. Objeto infungível para cá, objeto infungível para lá. Impressionante.

O que restou na última hora? "Até logo." "Até logo". O que pode-se dizer? Que foi como beber a bebida púrpura , ( leiam: "O dia do curinga") pura e insana mistura de sensações.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ofício Juvenil

Cumprindo a aposta: em frente a lareira, televisão no mute, folhas de civil ao lado. Barulhos contínuos de água? Fui conferir. As torneiras estavam fechadas. Estranho.

Caminho: Rio Grande - Pelotas;
Hora: meio da tarde, sol entre as nuvens;
Carro: estacionado;
Vidro traseiro: aberto;
Alcance da visão: dois operários comendo salgadinhos e tomando coca-cola na frente de um supermercado, uma moça passeando com o sua cachorrinha para lá e para cá, um carro branco ao lado esquerdo, um caminhão atrás e outro na frente. Pequenos projetos de árvores com folhas secas e dois limoreiros com contáveis limões prontos para serem visgados ao lado direito...

Em um momento oportuno a moça com sua cachorrinha se aproxima:

"Jana! Vamos roubar os limões???" Pergunta sem obtenção de resposta no momento.

Em uma segunda olhada para os limoeiros, surge um senhor - estatura baixa, movimentos lentos, vestes grossas, chapéu e um cesto mediano em uma das mãos.
Observo.
Uma braçada, uma pegada, um limão jogado no cesto. Uma tirada de galho para o lado, duas pegadas, dois limões jogados no cesto. O senhor é atrevido, ele não se contenta com os limões mais fáceis de serem pegos. Ele quer o topo, ele ambiciona a dificuldade. Pega um tronco sacode insessantemente, torce para que dezenas de limões caíssem sobre sua cabeça. Sacode, sacode. Nenhum limão cai! Lastima o insucesso. Entretanto, não desiste. Persiste. Mudança de planos: se agarra no tronco cheio de escamas. Força um escalada. Temi seu tombo. O peso do corpo daquele nobre senhor estava propenso a ser puxado pela força da gravidade que tangia sobre aquela circunstância. Lembrei a infância, subir em árvores requer técnicas. Já preocupada, continuo observando - não negando que seria cômico se ele tombasse- aquele senhor conseguiu!
Uma braçada, uma pegada, um limão jogado no chão. Uma tirada de galho para o lado, duas pegadas, dois limões jogados no chão. A pontaria era falha, pois os limões não caim no cesto. Nada disso importava. O senhor estava nas alturas, os limões era bons. Com a dificuldade para alcança-los, não me espantaria se aqueles limões fossem doces. Mas, se amargo ou doce, isso não importava. Eram apenas limões. Ofício de um velho senhor, o qual ainda pratica as artemanhas juvenis.

Resposta dada a minha antiga pergunta: "Ainda bem que não roubamos os limões!"

terça-feira, 27 de julho de 2010

Aposta n.1 comigo mesma: pelo menos nos três primeiros dias de blog escreverei alguma coisa.
Isso consolidaria a existência dessa página que existe porque existe vezes(x) a pelos menos mais três soluções que tenho internamente comigo.

O dia está praticamente acabando, faltando aproximadamente uma hora para o término. De todo esse tempo vivido hoje, destaco uns 5 minutos de instinto animal:

Uma, duas, três, quatro fincadas no chão, um "pé" de cada vez. 1o parada: sem sucesso, 2o parada: previsão de acerto. O local é cheirado, o espaço é calculado. Nhec!Nhec! O que está acontecendo? Que barulho é esse?Nhec!Nhec! O ruído persiste...as ilusórias atiradas de terra para trás e os buracos planos feitos no tapete são a única condição para poder deitar-se. Esparramar-se. O som esquisito, chato contínua e só após alguns segundos a intensidade é diminuída, o silêncio estava voltando ao local. Paro minha leitura. Reparo em duas voltas, círculos quase perfeitos e pronto: o berço.

A começar...

pelo incomum? Não diria isso.

Motivos para se comer sorvete no inverno:

1- o sabor é sentido com mais intensidade;
2- custa menos;
3- demora mais para terminar;
4- é, ele é ainda mais gelado;
5- e é engraçado ver as pessoas na rua ti olhando com cara de esquisito ou como se fôssemos de outro planeta, por apenas estarmos saboreando um gostoso sorvete no inverno!