sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Já passei fome!

Cá estou eu, adiando um possível artigo e fazendo outra aposta comigo mesma: acordar relativamente cedo para dar continuidade ao artigo amanhã. Confio nas minhas apostas, elas sendo restritas a mim, têm mais chances de darem certo.

Enquanto isso...vou bater um papo com o meu passado recente.

Mês de Junho. Noite agradável: nem muito frio nem frio. Resolvi me adiantar no banho e ir jantar mais tarde. Pedi carona para alguém que nunca tinha falado antes até o refeitório. Chegando lá, o refeitório já estava fechado. Que droga! Tudo bem, eu sabia que a comida ia ser ruim, mas ficar sem comer era pior. O que restava? Caminhar 1km a pé e sozinha num campus desconhecido até a barraca e comer algumas bolachas Bono que ainda restavam.
No percurso, desolada, andando em passos que intercalavam corridas e caminhadas surge um grupo de amigos: duas moças e um rapaz. Eles estavam indo ao refeitório. Paro-os e digo: vocês estão indo no refeitório? Ele está fechado. Uma onda de desânimo assolou aqueles jovens. Mas, um gesto mudou o meu humor. O rapaz estranhamente vira-se em minha direção, abre os braços, faz uma cara de consolo e me diz: "tu tá triste?" Silêncio. Ele continua: "Quer um abraço?"Aquilo me desarmou. Recusei. A cena foi cômica, o guri era cômico. Depois disso, o grupo perseverante seguiu caminho em busca de comida, eu fui junto! Tentamos ligar para alguma tele-entrega: insucesso. Tentamos conseguir carona até o supermercado mais próximo: insucesso. Tentamos achar alguma árvore frutífera: sem resultado. As duas moças ficaram paradas tentando descobrir alguma outra forma de conseguir comida, sei lá... De certo ficaram rezando para que hambúrgueres com batatas fritas caíssem do céu. Eu e o rapaz fomos em busca de comida, estabelecemos uma missão: se a gente conseguisse comida ele conseguiria o meu abraço. Para concluir a meta, rodeamos todo o campus procurando algum foco escondido de carboidrato, gordura ou proteína. As horas passavam e nada, a busca já estava baseada no filme: "Missão Impossível". O que nos alimentou mesmo foi o bom-humor, as comidas imaginárias e a nossa incrível imaginação fértil! "E se isso for um jogo? E se tiver alguém manipulando a gente? Vamos voar? Imite uma galinha!" Mas, mesmo assim, a busca prosseguia. Qualquer indivíduo que aparecia diante de nós a gente perguntava: "sabe o número de alguma tele-entrega?" Suplicávamos por comida. Era preciso absorver energia. Depois de muito tentar, surge uma alma desconhecida naquela escalada da noite que nos informou que havia uma senhora que fazia cachorro-quente. Como chegaríamos até ela? Bom, o que foi nos informado: "vão até o final dos apartamentos e dobrem à direita". Corremos. Outro problema surgiu. Que apartamento é o da mulher que faz cachorro-quente? Sei lá. Vai nesse mesmo. Que chute! Acertamos. Até que enfim! Depois de alguns bons minutos sentados, ansiosos e conversando chega o mais saboroso cachorro quente daquela noite!

Comendo, pedaço por pedaço, sem pressa de chegar ao fim, colocando na boca o valor daquela conquista voltamos ao alojamento. Missão Cumprida. Abraço dado.

6 comentários:

  1. Só para comentar da enquete.. quem votou em mim?? hahaha
    Acho q vais ganhar, hein.. :P
    bjos

    ResponderExcluir
  2. O otávio, haha. Po, disputa acirradíssima!

    ResponderExcluir
  3. Galinha não voa! Só pra constar nos autos x)

    ResponderExcluir
  4. Luisa, to te apoiando hein! Próximo casamento: Mundico & Luisa!!!

    Os comentários do blog da Janine viraram chat, já que ninguém leu o texto... hahahaha

    ResponderExcluir
  5. Eu li e achei mto bem escrito. amei!!!
    Estava torcendo para que achasse a comida logo.....

    ResponderExcluir